Introdução: Os acadêmicos de Medicina encontraram, durante a pandemia do COVID-19, um entrave no processo de aprendizagem, em especial, em Anatomia Humana (AH), disciplina que fornece elementos essenciais à prática médica. Nesse contexto, as tecnologias digitais progrediram de forma única, tornando-se protagonistas do processo de ensino-aprendizagem. No entanto, inúmeros são os fatores capazes de dificultar a aprendizagem de AH, como: conteúdo extenso, cansativo, materiais didáticos insuficientes, fatores emocionais e pessoais dos alunos, dentre outros. Objetivo: Perante esse cenário, esse estudo propõe-se a discutir as vantagens do uso dos recursos tecnológicos em saúde para facilitação da aprendizagem em AH. Metodologia: Propôs-se, para isso, uma revisão de literatura nas bases de dados da Scielo, tendo como apoio os descritores em saúde e seleção dos artigos com as palavras-chave: “anatomia humana”; “tecnologias digitais” e “educação médica”. O critério de seleção dos artigos foram publicações on-line disponíveis gratuitamente dos últimos 5 anos (2015-2020). Após essa busca, foram descartados os artigos cujos títulos não abordavam o ensino médico da AH, dissertações e teses. Assim, dos 224 artigos encontrados, apenas 10 foram selecionados para análise em sua íntegra. Resultados: Os estudos analisados demonstraram que, ao se desenvolver as habilidades com o uso de ferramentas tecnológicas digitais é possível melhores associações entre estruturas anatômicas e sua funcionalidade, aquisição de novo vocabulário e atribuição de significado a ele. Observou-se também que a diversidade do uso das ferramentas digitais aumentou a motivação e estimulou a atenção dos alunos diante do conteúdo; entre esses recursos destacou-se os websites de Anatomia Humana, contribuindo para a estruturação de uma estratégia de ensino-aprendizagem mais qualitativa, promovendo uma construção mais sólida do conhecimento dos estudantes analisados nos estudos. Considerações finais: Dessa forma, concluiu-se que a tecnologia, conforme vem sendo utilizada neste período de pandemia, pode contribuir e aprimorar a didática pedagógica no ensino médico, ampliando significativamente as competências e as habilidades dos alunos, no processo de formação do conhecimento em AH, visto que o uso dessas tecnologias se tornou um recurso indispensável capaz de garantir a execução de metodologias mais ativas propiciando ao aluno autonomia.
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